Falta-me tanta paciência para as pessoas. Quer dizer, é um pouco incoerente aquilo que digo.
Corroo-me todo por dentro, contudo não expludo. Raramente sou incorrecto (penso eu). Posto isto, acho que talvez até tenha demasiada paciência para as pessoas. Demasiada paciência, para o meu próprio bem.
E tudo isto porquê? Por nada. E por tudo.
Foda-se!
Na minha mente surge muitas vezes uma revolta enorme com coisas simples e banais, que se traduziria num: "Olha, e se te fosses foder? Mas tipo contra um comboio?".
Mas lá está, por serem coisas simples e banais, talvez por isso, eu acabe por aceitar e não levantar ondas. E talvez seja melhor assim. Talvez.
Se eu agisse sempre conforme a minha cabeça pensa, seria mais feliz? Não me parece. Porque ia ofender pessoas simplesmente por me falarem.
"É assim, muito sinceramente não me apetece falar contigo. Se te caísse agora um autocarro nos cornos, certamente que não ficaria lá muito preocupado. Portanto vai lá à tua vida e deixa-me com o meu mundinho alegre de flores negras e pessoas caídas no chão com overdoses de cocaína e sangue nos olhos."
Eu gosto de pessoas. Mas não preciso de as ouvir a todas.
Até porque são poucas as que me disseram algo ao coração. E já lá vão quase 30 anos.
Talvez eu seja uma besta.
P.S.: Este post é dedicado a Paulinho de Passu d'Arcuz
P.S.2: Tava a brincar. É mesmo ao mundo.