Wednesday, May 12, 2010

O Papa está em Portugal. Hoje passeou-se por Lisboa. Wuuu huuuu. Só que não.

Sucede que depois de todo o granel, depois de todas as estradas que foram cortadas, transportes que não funcionaram, polícias por todo o lado, snipers nas janelas e tudo o mais, eis que o sr. Papa decide acabar a missa uns poucos minutos antes de eu sair do trabalho.

Ora, estando eu numa zona próxima do recinto da missa e indo apanhar o moderno e espectacular comboio da linha de Sintra, era de esperar que o panorama não fosse dos mais agradáveis. Mas até foi. Para quem estava no Porto. E no Canadá. E em sítios em que não havia Papa.

Ao ver centenas de pessoas a entrar para o metro, ainda pensei "Lindo, isto é tudo malta que vive para aí no Alentejo, por isso vai tudo de metro e ninguém se vai enfiar no comboio".

Quando reparo que na estação do Rossio ainda havia mais gente, lembro-me perfeitamente de ter pensado "Ui...".

É um facto que os senhores da estação foram um bocadinho mauzinhos ao desligarem as escadas rolantes, numa típica atitude de "Ai foste ver o Papa? Foi? Então agora sobes a pé", atitude essa digna dos mais repelentes seres à face da terra e na qual eu próprio me revi.

Mas questiono-me ainda do porquê das pessoas pararem à frente das escadas, a observá-las e a comentarem com os companheiros de jornada papal "Ehhh... tá bonito, agora subir isto tudo".

Epá, se não havia outro meio, PORQUE É QUE NÃO AS SUBIAM E EM VEZ DISSO FICAVAM APENAS A ADORAR ESCADAS? NÃO BASTOU O PAPA?

Depois lá em cima era o pandemónio. Empurrões, correrias desalmadas, passar à frente nas filas. Epá, eu ainda acredito que alguém lançou o boato que aquele era o último comboio de sempre. E o outro a seguir também o era. Porque mais nada justifica tanta estupidez.

Eu, que não sou católico, sou mais católico que aqueles gajos todos.

Papinferno

Monday, May 10, 2010

Gosto de viver aqui. Sempre gostei. Sempre foi aquele local acolhedor.

Mas cada vez mais me sinto preso. A cada dia que passa, sinto que só me faz mal ficar aqui.

Anseio.

Tuesday, May 04, 2010

Há pessoas que utilizam o telemóvel para diversas funções - e cada vez mais - além do básico 'telefonar'.

Mas queria aqui alertar para o facto de certos seres utilizarem o telemóvel para uma função específica que ainda não está disponível (pelo menos que seja de meu conhecimento).

Acontece que reparo já há muitos anos que há quem vá na rua a utilizar o dito telefone móvel, COMO SE DE UM MEGAFONE SE TRATASSE. MAS NÃO É NÃO, NÃO VALE A PENA GRITAR MUITO PARA LÁ, PORQUE NÃO É POR ISSO QUE A OUTRA PESSOA IRÁ OUVIR MELHOR. ALÉM DE QUE PODERÁ CAUSAR DISTÚRBIOS PERMANENTES NOS TÍMPANOS NÃO SÓ DOS RECEPTORES, COMO TAMBÉM DE QUEM SE ENCONTRA NUM RAIO DE 3KM.

OBRIGADINHO E SAÚDINHA DA BOA.

TOU? QUEM FALA? ENGANOU-SE NO NÚMERO PÁ, ISTO NÃO É UM TELEMÓVEL, É UM MEGAFONE. AGORA LARGUE-ME A VIDA.

Megafone

Monday, May 03, 2010

Aqui há uns tempos, houve alguém que quis demonstrar que trabalhar numas águas furtadas de um edifício lisboeta pode ser extremamente espectacular, dependendo da forma como o encaramos.

Se quisermos ser negativos (eu chamo 'ser realista'), podemos dizer que trabalhamos num sotão. Contudo, se encararmos as coisas de forma positiva deveremos dizer que trabalhamos "no topo do edifício"...

Ora bem, serve esta introdução para informar que num destes últimos dias alguém foi às escadas no 'topo do edifício' em que habito e largou um monumental cagalhão.

Pela descrição de quem viu, cheirou e acabou por ter de limpar, aquilo era cócózinho de pessoa.

Serve isto apenas para tirar duas conclusões. A primeira é que a humanidade realmente anda a necessitar de uma reforma antecipada. E não sei se será tão antecipada quanto isso.

A segunda conclusão é que me vieram cagar no topo do edifício e não no sótão. Portanto, não sei até que ponto é tão fixe assim aquela cena do 'topo do edifício'.

E sim, depois de tanto tempo vim escrever sobre uma poia. Foi o mais interessante que surgiu.

Obrigado e até sempre.

Topo do Edifício